Insurgências poéticas: arte ativista e ação coletiva aborda as relações entre movimentos sociais e um conjunto recente de ações artísticas que eclodiram nos Estados Unidos, França, Espanha, Canadá, Argentina e Brasil entre 1990 e 2000. Nestas duas últimas décadas, novas formas de cooperação e de participação social cruzaram as fronteiras do mundo. O advento de uma arquitetura virtual pelas redes de comunicação via internet e o acesso às novas tecnologias permitiram que diferentes grupos se organizassem em uma resistência global contra as grandes corporações e o neoliberalismo econômico. Aproximações que permitem pensar em práticas nas quais a política não aparece simplesmente isolada ou acrescida à arte como mero acessório temático ou estético, mas um componente intrínseco de sua existência. Duas características importantes dessas práticas são analisadas detalhadamente por André Mesquita. A primeira refere-se às relações entre arte e ativismo. Entende-se por ativismo uma atividade ou manifestação que visa mudanças sociais e/ou políticas. Basicamente, essas relações se dão a partir da segunda característica aqui investigada: o emprego de ações coletivas. Este trabalho reflete sobre os conceitos e objetivos de uma arte coletiva e engajada socialmente, considerando seus modos de experimentação estética e expressão política. Entrevistas SUMÁRIOPrefácio. Arte e ativismo: mapeando outros territórios – Cristina FreireApresentação – Vera PallaminIntroduçãoCapítulo 1. Uma contra-história criativaAutonomia e resistência em rede.Transgressão política do cotidianoUma experiência sensível comum1.1 Fragmentos coletivosModelos de organizaçãoTrocas e colaboraçõesTransversalidade e identidades múltiplasCoalizões temporárias e linguagens híbridasAfinidade, utopia e auto-organizaçãoArquivar eventos1.2 A consciência coletiva no século XXRevolução pela atividade artísticaA construção dos momentos da vidaNas ruas, o teatro de lutasO conceito insurgenteSobre comunidade e mobilizaçãoCapítulo 2.Táticas de ativismo artístico2.1 (Re)combinando conhecimento e práticaBiologia contestativa e pesquisa amadoraUma visão ciberfeminista2.2 A arte do protestoCriar armas simbólicasProtesto como estilo de vidaConstrangimento tático e correção de identidade2.3 Ativismo semiótico contra o poder da marcaO roubo da linguagem programadaBatalha binária no Império dos signosA arte do cidadãoRebelião™ à vendaCapítulo 3.A imaginação de um espaço social3.1 Expressões culturais de uma práticaProgramas abertos e heterogêneosIntervenções na cidade3.2 Poéticas do fluxoSituações efêmeras, rupturas sutisDesvios do circuito.3.3 A urgência do real?Ação no tempo oportuno.Zona de Poesia ÁridaConclusão.Desenlaces de uma investigaçãoBibliografiaDocumentários e vídeosInternet