Os textos aqui reunidos expressam a preocupação com o tratamento dado à problemática ambiental nas ciências humanas. Tal equacionamento já revela, de imediato, recusa em acatar o paradigma "holístico" no trato da matéria, o qual, na maioria das vezes, em nome de uma visão integrativa entre os fenômenos naturais e sociais, acaba por gerar um empobrecimento significativo na análise dos processos políticos e econômicos. Não raro, nessa perspectiva, toda a riqueza e complexidade da vida social são reduzidas a uma única variável de estudo denominada de "ação antrópica". Os malefícios desse reducionismo para uma efetiva e eficaz gestão do meio ambiente no país são numerosos, indo desde posturas iluministas e politicamente inviáveis no planejamento ambiental até a formulação de programas de cunho preservacionista que consideram o homem intruso em certos ecossistemas.Sumário sintetizadoCapítulo 1 Condicionantes do planejamento no Brasil: uma pontuação genética das dificuldades para a gestão ambientalCapítulo 2 Interdisciplinaridade e gestão ambientalCapítulo 3 Patrimônio natural, território e soberaniaCapítulo 4 Fundamentos epistemológicos para o estudo do meio ambienteCapítulo 5 Meio ambiente, sociedade, Estado e universidadeCapítulo 6 Bases epistemológicas da questão ambiental: o métodoCapítulo 7 Introdução da temática ambiental nas ciências sociaisCapítulo 8 Valor, natureza e patrimônio naturalCapítulo 9 Ordenamento territorial: uma conceituação para o planejamento estratégicoCapítulo 10 Isolamento, planejamento e participação